Aérospatiale Alouette II
O Alouette III é um helicóptero utilitário ligeiro de transporte, monomotor, fabricado pela Aérospatiale, na França. É um desenvolvimento do Alouette II, tendo um tamanho maior e uma maior capacidade de carga. Originalmente propulsado por uma turbina Turbomeca Artouste IIIB, o Alouette é reconhecido pelas suas capacidades de operação em grandes altitudes, sendo o ideal para o salvamento em áreas montanhosas.
Os SE-3160 Alouette III (ALIII) foram adquiridos pela Força Aérea Portuguesa a partir de abril de 1963 como complemento aos poucos aparelhos Alouette II já em serviço, para actuarem nas operações militares a decorrer em Angola, Guiné Portuguesa e Moçambique. O Alouette III tornou-se num dos principais ícones da Guerra do Ultramar, ficando famosas as imagens dos Páraquedistas e Comandos a saltar dos aparelhos, enquanto estes pairavam a cerca de 3 metros do solo, durante as operações de heli-assalto.
Os ALIII básicos desarmados, com o nome de código "Canibais" realizavam essencialmente operações de transporte, heli-assalto e evacuação sanitária. A estes ALII juntaram-se os helicanhões, com o nome de código "Lobos Maus", com um canhão de 20 mm montado virado para bombordo, disparado por um apontador através da porta lateral aberta. Em 1973 realizaram-se algumas experiências no sentido de incorporar lança-foguetes de 37 mm ou 2,75", mas nunca chegaram à fase operacional.
A Força Aérea Portuguesa adquiriu um total de 142 Alouette III, o segundo maior número de um único modelo de aeronave ao serviço de Portugal, logo a seguir ao North-American T-6.
Actualmente, os aparelhos remanescentes são utilizados na Base Aérea de Beja essencialmente para instrução e como utilitários.
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